Feridas no Pé Diabético: Como Reconhecer e Agir Antes que Se Tornem Problema

Feridas no Pé Diabético

As feridas que surgem no pé de quem tem diabetes demandam atenção especial. O que muitas vezes começa como uma pequena rachadura ou bolha pode evoluir silenciosamente para algo muito mais sério. Com a combinação de baixa sensibilidade, circulação comprometida e pequenos traumas repetidos, o risco de complicações é elevado. 

Por isso, é essencial compreender o que leva ao surgimento dessas lesões e, mais importante, como agir para evitar que se tornem feridas diabéticas graves.

Por que essas lesões são tão perigosas?

Em pessoas com diabetes, o excesso de glicose no sangue pode afetar os nervos (neuropatia) e os vasos sanguíneos das extremidades. A neuropatia reduz a percepção de dor, calor ou frio nos pés, o que significa que uma bolha, um calo mal ajustado ou um corte pequeno podem passar despercebidos. A má circulação, por sua vez, reduz o aporte de oxigênio e nutrientes, atrasando a cicatrização e favorecendo infecções. Essa combinação cria o cenário ideal para que uma simples ferida se transforme em uma úlcera profunda ou infecção.

Sinais de alerta que você não deve ignorar

Mesmo que não haja dor intensa, fique atento aos seguintes sinais nos pés:

  • Qualquer ferida aberta por mais de alguns dias sem sinais de melhora.
  • Alteração da cor da pele (escurecida ou avermelhada), ou aumento da temperatura local.
  • Secreção, odor ou tecido amolecido ao redor da ferida.
  • Calos ou deformidades que causam pressão em um ponto específico do pé.
  • Sensação de dormência, formigamento ou sensação de choque, que indicam redução de sensibilidade.

Estar atento a esses sinais e procurar ajuda médica rapidamente pode impedir a progressão para situações mais complexas.

Cuidados práticos e rotina de prevenção

Algumas atitudes diárias são fundamentais para reduzir o risco de complicações:

  • Verifique os pés todos os dias, com luz adequada, incluindo entre os dedos.
  • Lave e seque bem os pés, especialmente após o banho, e utilize cremes para hidratar a pele — evitando a aplicação entre os dedos para não favorecer fungos.
  • Use calçados confortáveis, bem ajustados, sem costuras internas que possam provocar atrito. Evite andar descalço, mesmo em casa.
  • Mantenha o controle da glicemia dentro das metas estabelecidas pelo seu médico e não negligencie outras condições associadas, como pressão alta ou colesterol elevado.
  • Marque consultas regulares com especialistas e focalize não apenas o pé em si, mas toda a condição de risco associada ao diabetes.

O que fazer quando a ferida já está presente

Quando a lesão já está instalada, o tratamento deve ser conduzido por profissional habilitado e pode envolver limpeza especializada, curativos apropriados, eliminação de tecido morto (desbridamento), controle de infecção com antibióticos e, em casos avançados, suporte vascular ou cirurgia. Quanto mais cedo o problema for identificado, maiores as chances de evitar amputações ou sequelas permanentes.

Ter diabetes exige atenção redobrada à saúde dos pés: o risco de uma ferida aparentemente simples se complicar é real. Contudo, com vigilância, hábitos de prevenção e ação rápida ao primeiro sinal de problema, é possível garantir que essas lesões não evoluam para algo mais grave. Consulte seu médico regularmente, adote cuidados diários e nunca subestime uma ferida que persiste. Com esse cuidado, você protege sua mobilidade, autonomia e qualidade de vida.

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